Descrever essa mulher é como hesitar com o pincel sobre a palheta, imaginando se deve mergulhá-lo no matriz meio púrpura do delicado e suave violeta com toda a sua sutil serenidade e insondável equilíbrio ou mergulhar e levantar o pincel com a mão descuidada e exuberante, tingindo a tela, ao contrário, com cores vivas, audazes e temerárias do flamejante vermelho-coral do hibisco!
Visionária e imaginativa imbuída do misticismo, ela em geral é recatada, tímida e dócil, parecendo, no entanto em certo sentido, apenas uma farsa, embora geralmente sem intenção consciente. Flexivelmente adaptável, fortemente maternal, está vitalmente interessada em todos os aspectos das vidas das pessoas de sua família, e será capaz de esquecer os próprios prazeres em beneficio deles sem hesitação. Geralmente considerada sem confiança em si mesma ela constantemente contradiz pressuposição tentando e executando aquilo onde os outros fracassaram.
Ela é pouco inclinada a amizades intimas, mas e constante e leal para com aqueles em que confia. Talvez esconda de si mesma o desejo de companhia de amigos, embora haja a pisciana que não exibe (e aparentemente não possui) tal necessidade.
Uma vez que sua idéia sobre o “amor” é demasiado espiritual para serem realistas, fica-se a imaginar se ela jamais poderá realmente aceitar as realidades da vida ou se, aceitando-as, decepciona-se profundamente. Tendo uma necessidade maior de carinho e afeição, a mulher de peixes possui incrível firmeza e força, ela disciplina suas emoções desesperadamente, valentemente tentando solucionar as próprias dificuldades, enfrentando as próprias obrigações, não pedindo nenhuma ajuda e não esperando receber.
Pedro Salvatore
